terça-feira, 20 de abril de 2010

Morre o rapper Guru

Morreu nesta segunda-feira (19) de câncer aos 43 anos de idade o rapper americano Guru. Ele liderou dois projetos importantes no cenário musical: o duo de rap Gang Starr e o grupo Jazzmatazz, que misturaram esse estilo musical com o jazz e o funk.


Guru, cujo nome de batismo era Keith Elam, lutou contra a doença durante um ano. No dia 28 de fevereiro, sofreu um ataque cardíaco, tendo ficado em estado de coma até a sua morte. Antes, ele escreveu uma carta, segundo informações do site da revista britânica New Musical Express.

Nesse manuscrito, o artista se despediu dos fãs, determinou que o produtor Solar deve ser o responsável pelo seu legado e aproveitou para rejeitar qualquer projeto de seu ex-parceiro de Gang Starr, o DJ Premier, valendo-se do nome do grupo ou mesmo em homenagem a ele.

- Não tinha mais nada a ver com ele em vida em mais de sete anos e quero continuar não tendo nada a ver com ele depois de morto. Solar sabe da minha vida e está bem informado da situação da minha família e também da verdadeira razão de eu ter me separado do meu ex-DJ.

Mesmo assim, Premier divulgou uma nota lamentando a morte de Guru em seu blog (djpremierblog.com).

- Minhas sinceras condolências para a família e entes queridos de Guru nesse momento tão difícil

Guru iniciou o Gang Starr ao lado do DJ Premier em 1985. Embora nunca tenham tido grande resultado em termos comerciais, o duo se mostrou influente e ganhou o respeito no cenário musical da música negra americana.

Com o fim do grupo, Guru iniciou o Jazzmatazz, que tinha como diferencial o fato de misturar o rap com o trabalho de músicos de jazz e funk como Branford Marsalis, Donald Bird, Roy Ayers e a cantora N'Dea Davenport (do grupo Brand New Heavies).

Seu álbum de estreia, Jazzmatazz Vol.1 (1993) é considerado um clássico da vertente musical denominada acid jazz, e teve pelo menos um grande sucesso radiofônico no Brasil e no mundo, a swingada No Time To Play, que se vale de elementos musicais de Satin Soul, de Barry White (Love Unlimited Orchestra). O projeto gerou mais três álbuns, sem a mesma repercussão.